Alguns excertos do Prefácio do livro Nirvana: Kurt Cobain (Ana Cristina Ferrão, Assírio e Alvim, 1995) escrito pelo malogrado António Sérgio:
Porque é que se continua a falar em Nirvana?
O que é que vale um simples nome duma banda de rock no imaginário de milhões de pessoas pelo mundo fora?
Tudo ou quase tudo!
De tempo a tempo há um artista, seja de que área cultural ou estética que consegue abrir as cerradas fileiras dos uniformizados do rock com rajadas de melancolia e loucura, de paz e conflito, de encanto e desencanto, silêncio e ruído. Um abrir de alas na turba silenciosa.
Nirvana era um abanar de estruturas, primeiro com certa timidez e muito no seio do metal, depois descaradamente nos territórios comercialões do rock e porque não da pop?!
Era um conto de fadas que teria um final de film noir.
(…)
Para os mais ascetas, o Nirvana de «Bleach» seria sempre uma banda underground que granjeava as simpatias de todos os incompatibilizados com o Mundo; sucedeu que o número de gente, naquele estado, era bem mais do que se previa e, principalmente, o talento do nosso Kurt levava-o inevitavelmente a querer «beijar o Céu», tal qual décadas antes o fizera James Marshall Hendrix.
Fonte: Ferrão, Ana Cristina (1995) Nirvana: Kurt Cobain. Prefácio de António Sérgio. Lisboa: Assírio e Alvim.
(Obrigada Mano por teres comprado o livro)
Era um conto de fadas que teria um final de film noir.
(…)
Para os mais ascetas, o Nirvana de «Bleach» seria sempre uma banda underground que granjeava as simpatias de todos os incompatibilizados com o Mundo; sucedeu que o número de gente, naquele estado, era bem mais do que se previa e, principalmente, o talento do nosso Kurt levava-o inevitavelmente a querer «beijar o Céu», tal qual décadas antes o fizera James Marshall Hendrix.
Fonte: Ferrão, Ana Cristina (1995) Nirvana: Kurt Cobain. Prefácio de António Sérgio. Lisboa: Assírio e Alvim.
(Obrigada Mano por teres comprado o livro)
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