Este post inclui o vídeo de uma curta entrevista a Don Letts.
“In a cultural climate that feels like punk never happened Strummerville (the film) serves as a timely reminder of a way forward. It worked back then and it can work again – and man it needs to!”
Don Letts
Fica uma curta mas muito interessante entrevista com Don Letts, em que ele relembra a cena e filosofia punk originais...
É já no próximo domingo que ocorrerá mais um dos eventos musicais promovidos pela organização sem fins lucrativos Strummerville. Esta organização, fundada pela família e amigos de Joe Strummer pouco depois da sua morte prematura, tem como principal objectivo apoiar músicos e bandas que, de outra forma, dificilmente se conseguiriam afirmar, oferecendo aconselhamento, espaços para ensaios e oportunidades para divulgarem a sua música.
Algumas destas oportunidades consistem nas chamadas "campfire sessions", sessões de música e convívio pela noite fora, num ambiente informal à volta de uma fogueira, que Joe Strummer muito apreciava e considerava mesmo uma forma de arte.
No filme homónimo recentemente lançado, Don Letts documenta a génese, filosofia e o trabalho desta organização, que pretende homenagear e manter vivos alguns dos princípios e ideias que nortearam a vida de Strummer. Neste contexto, Billy Bragg, músico, activista político e amigo de Strummer, envolvido na actividade de Strummerville, refere-se a Joe como "não uma lenda, mas um legado" e uma contínua fonte de inspiração.
O lançamento do novo trabalho dos lisboetas Barafunda Total está já agendado para exactamente daqui a um mês, 25 de Setembro, no Berlim Bar (Rua do Diário de Notícias, Bairro Alto), de acordo com o cartaz gentilmente enviado pela banda ao A Crack in the Cloud, juntamente com a respectiva nota de imprensa.
O evento está marcado para as 21h e contará com a presença das bandas convidadas Simbiose e Dr. Bifes e os Psicopratas. A entrada terá um preço de 6€ e incluirá a oferta do novo álbum.
Fica alguma informação sobre a banda, o seu percurso e este novo trabalho, que contou com a participação de João Morais (Gazua) no tema "Reconciliação".
"Os “BT” são de Lisboa, Portugal e datam o seu início em Setembro de 2002. A Banda é composta pelo David na Guitarra, Ricardo na Voz, Diogo na Bateria e Zé Miguel no Baixo. Sob influências do Punk/Hardcore/Rock que por cá se faz e também de alguns géneros estrangeiros começámos a percorrer o caminho que nos levaria ao primeiro registo em 2004."
(...)
"Começámos logo desde o início da formação a dar concertos na zona de Lisboa até que gravámos a primeira maquete intitulada "Bem-Vindos a Realidade" em Fevereiro de 2004 que inclui 6 temas originais gravados nos estúdios Margem Sul."
(...)
"Já com uma boa bagagem de concertos e com a realização de vários novos temas na busca de uma identidade própria, entrámos novamente em estúdio em Fevereiro de 2007, lançando assim o primeiro álbum de originais intitulado "Um Passo Para Crescer". Este que conta com 12 temas e levou a que fosse possível partilhar os palcos com as melhores bandas nacionais dentro do género musical, como os 31, Peste & Sida ou Mata-Ratos. Neste momento acabamos de gravar um novo álbum de originais, já com um estilo muito próprio, que se chama “A Grande Conspiração” (...)."
SobreA Grande Conspiração
"Produzido por Miguel Marques nos Generator Studios e masterizado em NY por Alan Douches nos west west music studios, este que é o segundo album de originais da banda, conta com 10 temos energéticos.
Tem a participação de "João" dos Gazua no tema "Reconciliação" e de "Td" de Aykien no tema "Na extremidade está a ignorância"."
"A GRANDE CONSPIRAÇÃO" tenta reflectir o panorama de um século em que se gerou todo um rol de incertezas à volta dos grandes acontecimentos da História.
O primeiro homem a ir à lua… Russo ou Americano? Quem culpar no caso da queda das torres gémeas… terrorismo ou interesses políticos? Será de ordem natural a epidemia da gripe A, ou uma manipulação da indústria farmacêutica? Usufruímos só das vantagens das novas tecnologias ou será que nos tornamos simultaneamente vítimas desta nova "ditadura" de informação, através da qual mentiras e cinismos se infiltram subtilmente nas nossas rotinas?
Verdade ou mentira, realidade ou ilusão… estarão as nossas mentes a serem controladas?
As palavras, provas e testemunhos são ambíguos e suscitam dúvidas, que não podem deixar de ser levantadas...
Mas a verdade é que acreditamos cegamente naquilo que nos querem fazer acreditar, renegando assim suspeitas que vemos geradas.
Tentamos com este álbum esboçar um pouco da nossa sociedade e abordar vários aspectos do nosso dia-a-dia enquanto parte dela, dai o álbum também ter uma forte componente pessoal liricamente. Simbolizamo-lo através da figura irónica do palhaço" (…) personagem cómica que diverte o público com habilidades (…)" e "através do drama de situações do quotidiano (…)", com duas facetas."
(Foto: Joe Strummer (Nova Iorque 1978) por Bob Gruen, disponível aqui.
Na edição de 2005 do Beautiful Days Festival, realizado em Devon, Inglaterra, a banda britânica The Levellers (organizadora do Festival), em colaboração com o músico e activista político Billy Bragg, interpretou alguns temas dos The Clash, num tributo a Joe Strummer, por ocasião do seu aniversário.
Entre os temas interpretados esteve "English Civil War", cujo vídeo se reproduz abaixo, e que se encontra no DVD dos The Levellers Chaos Theory Live (2006).
Na sequência do último post. Fotos de João Miguel Silva. Inclui o vídeo de "Zombies".
Tudo na vida pode ser visto de várias perspectivas. E? ...bem, e o mais interessante é que, dependendo do prisma pelo qual - mais consciente ou inconscientemente - escolhemos ver, ler ou interpretar determinado acontecimento das nossas vidas ou do nosso quotidiano, esse acontecimento pode ter leituras ou significados completamente díspares, numa ordem de valor que vai do insignificante ao relevante ou mesmo ao extraordinário.
Neste contexto, de uma certa perspectiva, o concerto de ontem dos Tara Perdida em Sobral da Adiça foi igual a tantos outros...o mesmo alinhamento, casa cheia, com os fãs mais acérrimos - maioritariamente jovens - nas filas da frente, envergando orgulhosamente a sua t-shirt 'Tara Perdida', com as letras na ponta da língua, e uma participação activa do primeiro ao último minuto, seguida da espera em fila para uns minutos de interacção mais próxima com os músicos e o incontornável autógrafo (ou fotografia).
Em consonância com o estatuto que detêm, as actuações dos Tara Perdida resultam de uma engrenagem profissional, estudada e muito bem preparada, e do trabalho de uma equipa considerável de experientes profissionais do ramo, cujo esforço conjunto resulta num espectáculo globalmente bem conseguido, muito satisfatório, e de elevado nível. Essa fórmula de sucesso repetiu-se também, mais uma vez, em Sobral da Adiça.
Mas não há momentos repetíveis, nem locais exactamente iguais, por isso há sempre algo de único em cada momento, acontecimento ou situação das nossas vidas, por mais quotidiana ou comezinha que seja. E desta outra perspectiva, muito houve de diferente, e de absolutamente irrepetível, no concerto de ontem.
Para começar, o local do espectáculo: o largo da igreja de uma aldeia do interior de Portugal, festivamente iluminado e decorado para acolher um dos principais acontecimentos do ano: as festas em honra da santa padroeira, Nossa Senhora do Ó. Enquanto o duo musical Inovação interpretava temas conhecidos da música ligeira portuguesa, muitos rumavam à igreja enfeitada para uma breve visita à curiosa imagem da santa que, em adiantado estado de gravidez, repousa protectoramente as mãos sobre o ventre saliente. Uma rápida espreitadela à Wikipédia elucidou-nos melhor sobre o assunto.
O cenário ficava completo com as tradicionais bancas de algodão doce, balões e pinhoada, para além das tradicionais barraquinhas da cerveja, especialmente necessárias numa noite em que a temperatura rondava os 30 graus centígrados...
O largo foi-se enchendo, à medida que se aproximava a hora do espectáculo dos Tara...para além dos jovens da terra, muitos tinham vindo também de fora, chegando aos poucos em carro próprio ou, como testemunhámos, mesmo de táxi. Tendo em conta o cariz do evento em que o espectáculo se inseria, o público era o mais heterogéneo possível. Nas primeiras filas, junto aos fãs adolescentes, encontravam-se também algumas anciãs locais, cómodamente instaladas nas suas cadeiras de plástico.
Não obstante o que já se disse acima, a propósito do que, em certa medida, é o "padrão" dos concertos dos TP, há alguns factos, momentos e nuances que podemos destacar neste espectáculo em particular.
Em primeiro lugar, o facto de Ribas ter dedicado o segundo tema interpretado - "Sentimento Ingénuo" - a um amigo recentemente falecido. Trata-se de Fernando Serpa, seu amigo de infância e baixista da primeira banda que integrou, os Kú de Judas, activos entre 1983 e 1987. Em resposta ao pedido de Ribas, o público - e todos os membros dos Tara Perdida: Ruka, Jaime, Kystos e Ganso - aplaudiram em massa o seu malogrado amigo, num momento intimista e marcado por grande emotividade.
Todo o concerto foi de resto marcado por uma atmosfera de visível boa disposição e de grande cumplicidade entre os membros da banda, aspectos intangíveis mas que reverberaram e foram captados indelevelmente pela assistência, levando-a a corresponder em consonância. O pedido "E salta Tara, salta Tara", entoado em uníssono pelo público e prontamente acolhido pela banda, seguido do pedido inverso (desta feita da banda ao público), e a imagem impressionante de um largo cheio de gente, de todas as idades, a saltar em simultâneo, constituiram alguns dos momentos de facto irrepetíveis e memoráveis deste concerto.
Fica aquele que será talvez o tema dos Tara Perdida favorito da autora deste blog, com letra de Fernando Serpa, a quem se presta também aqui e desta forma uma singela homenagem.
É já hoje que a aldeia raiana de Sobral da Adiça verá as suas tradicionais festas abrilhantadas da melhor forma com a actuação dos Tara Perdida, acertadamente descritos pelo jornalista João Carneiro da Silva como "uma das instituições do punk rock português" (artigo e entrevista IOL, em formato de texto e vídeo, disponíveis aqui).
Os fãs alentejanos da banda já sabem com o que podem contar: com aproximadamente 1h30m de pura adrenalina e o desfile de muitos dos inúmeros temas fortes ("hinos") que integram a discografia de 15 anos de carreira dos Tara Perdida.
A liderar a festa, e a assegurar-se de que o público a está a aproveitar da mellhor forma, estará João Ribas, que para além de ser membro fundador da banda, e um mestre de cerimónias nato, conta com uma longa e meritória carreira musical, que se confunde com a sua própria vida: integrou os Kú de Judas entre 1983 e 1987; em 1988 fundou os míticos Censurados, que estiveram activos até 1994 e que permanecem bem vivos nas mentes e nos corações de muitos milhares de velhos e novos fãs.
Fundados em 1995, os Tara Perdida celebram este ano o seu 15º aniversário. Da formação inicial faziam parte Ribas, Ruka, o baixista Cró e o baterista Orélio, aka Óregos, actualmente nos (grandes) Dalai Lume. Hoje, para além de Ribas e Ruka, a banda é ainda constituída por Jaime (baixo), Kystos (bateria) e Ganso (guitarra).
O aniversário dos 15 anos foi festejado da melhor forma a 16 de Abril com um concerto memorável na Voz do Operário registado aqui no A Crack in the Cloud.
Para além da sua actividade no âmbito dos Tara Perdida, Ribas participa ainda nos Kamones, banda de covers dos imortais Ramones, que actuou recentemente na 3ª edição do Festival Outsider, organizado pela equipa editorial da fanzine de punk rock homónima (de que Ribas também faz parte).
Irá com certeza ser um grande concerto, e o A Crack in the Cloud lá estará para o comprovar.
Ficam dois temas de estádios distintos do percurso de sucesso desta banda nacional.
Aqui fica uma entrevista recente concedida por Colin Abrahall ao Capital Chaos durante a Warped Tour 2010, assim como um vídeo da actuação desta banda mítica na edição de 2010 do Rebellion Festival.
Ainda a propósito deste festival: o autor do blog "Hoje Há Punk Rock no Liceu" (http://rocknoliceu.blogspot.com/ ) publicou há dias a 1ª parte de uma reportagem na primeira pessoa sobre a edição de 2010, que teve lugar entre 5 e 8 de Agosto, cuja leitura se recomenda. Para tal basta clicar aqui.
É com muito prazer que divulgo este interessante projecto de uma querida amiga e conterrânea, cujo amor pela capital roubou à planície, com votos de muito e bem merecido sucesso!
AmorCorvo: Press Release
"Abriu recentemente portas no Bairro Alto, num pequeno espaço onde outrora terá funcionado uma alfaiataria, a loja AmorCorvo.
O seu nome, AmorCorvo, inspirado nos Corvos Vicentinos, símbolo da cidade de Lisboa, é a personificação do amor à capital e aos seus corvos protectores.
Da requalificação e aproveitamento do espaço onde se localiza, feitos pelas mãos da proprietária e de um amigo dela, o AmorCorvo assume todas as suas imperfeições e, ao mesmo tempo, enaltece todas as suas particularidades, dando deste modo mote ao seu propósito enquanto loja e espaço: a divulgação e venda de trabalhos de artesãos e artistas, cujos produtos sejam manufacturados ou alterados manualmente, encontrando-se por vezes no espírito de reaproveitamento tão próprio do conceito de reciclagem.
Das peças expostas, as mais marcantes são sem dúvida as de ferro forjado de Frank Peters, os corvos de barro da Oficina de São Pedro, os colares da “Maria Cortiça”, as peças de joalharia de Ana Antunes, as t-shirts AmorCorvo pintadas à mão, as telas de Natália Gromicho, as saias de Edna Pimentão, entre muitas outras. Em todas as peças, a certeza de que não há duas iguais, tornando-as por isso únicas e originais, ideais para quem procura exclusividade.
Para além de loja, o AmorCorvo é também um espaço aberto à divulgação individual ou conjunta de artesãos e artistas, estando por tal disponível para a realização de exposições e/ou eventos dedicados aos mesmos, acreditando que esta será a melhor forma de divulgação de muitos talentos escondidos.
AmorCorvo não é só uma demonstração de amor por Lisboa, mas também pela sua tradição, novidade, grandeza e beleza, pelo que valerá sempre a pena uma visita ao n.º 26 A da Travessa da Queimada, em pleno coração do Bairro Alto."
Informação adicional:
AmorCorvo: aberto todos os dias entre as 14h e as 23h
Morada: Travessa da Queimada, n.º 26 A – Bairro Alto – Lisboa (rua do Café Luso, frente ao Jornal A Bola)
Sex Pistols e perfume?...no mínimo uma contradição inultrapassável, mas sem dúvida mais um sinal dos tempos hipercapitalizados que vivemos e mais uma tentativa de realizar capital às custas de alguns símbolos incontornáveis do ideário punk...
A empresa e marca de perfumes Etat Libre d'Orange, com sede em Paris e activa de 2006, e que aposta numa imagem de transgressão, de "libertinagem olfactiva, libertada de todos os tabus, que reconhece como únicos soberanos a insubmissão e o erotismo olfactivo", lançou recentemente uma nova fragrância dedicada aos Sex Pistols.
Descrito como "o aroma da anarquia", "a revolução numa garrafa", e um perfume fresco, com notas de limão e pimenta preta, o perfume foi já alvo de críticas negativas...uma review de um membro do site makeupalley.com descreve-o como "laca de cabelo comum com um toque cítrico", "sensaborão e medíocre, sem nada de interessante ou de rebelde". De acordo com o/a autor/a desta review, a fragrância "Sécrétions Magnifiques", também da Etat Libre D'Orange, é aquela que define a mítica banda punk na perfeição.
Hoje dedico uma mensagem e um tema forte dos lendários e inconfundíveis The Exploited a uma querida amiga e grande e genuína punk rocker, desejando-lhe o que de melhor houver neste mundo sem (grande) futuro...
"Punk rock is all you have. It's your lifeblood, the only thing that makes sense and the only thing to look forward to in a world with 'no future'. And it's fucking exciting! The next single, the next gig, the volume coursing through your veins to remind you that you're alive."
Hoje, no anfiteatro exterior da Casa da Cultura...
O apreço que as sonoridades mais 'pesadas' e alternativas colhem em Beja não é novidade: a prová-lo estão as bandas locais que nas últimas décadas têm surgido na cidade e na sua zona de influência, e as várias iniciativas de organização local que têm dado a conhecer não só estas bandas (como o Festival de Bandas de Beja) como trazido à cidade vários projectos nacionais e internacionais, alguns deles de considerável renome.
É neste contexto que se insere a iniciativa de hoje e que traz a Beja 4 bandas nacionais:
Os primeiros a pisar o palco serão os Inquisitor, uma recente banda lisboeta de speed thrash, com um primeiro registo (uma demo tape) intitulado "Iron Preacher", e que já partilharam o palco com Desaster e Decayed. Os Inquisitor são o tema da rúbrica "Uma visita a...." do último número da revista Outsider.
Seguem-se os Adamantine, também lisboetas, que definem o seu som como thrash épico:
"O som da banda oscila principalmente entre o Heavy e Thrash Metal, tendo um gosto amplo por vários estilos musicais, tentando sempre inseri-los obtendo novas soluções. Os temas, de conotação “lusitana”, tanto históricos como literários, abordados lírica e sonoramente, em certas melodias de guitarra, assim como vocalizações, agradam aos ouvintes, fazendo tão especial a banda e a ligação desses conceitos à sua música. Adamantine é Thrash com toda a sua raiva e Epico com toda a melodia." (in http://www.myspace.com/adamantineheart )
Os Adamantine gravaram em 2009 o seu primeiro EP, com cinco temas, intitulado "Downfall of Adamastor".
Depois actua a banda local Sordid Sight, existente desde 2005, e que descreve o seu som como uma mistura de metal-core com death metal melódico. Os Sordid Sight têm também um EP intitulado "Spreading the Fire". (http://www.myspace.com/sordidsight )
A noite terminará com a actuação dos thrashers algarvios Prayers of Sanity, banda de Lagos formada em Dezembro de 2005, que se orgulha de já ter partilhado o palco com bandas internacionais como Gama Bomb, Bonded by Blood, ou Municipal Waste e também "com alguns nomes de referência nacional como Diggama, Mordaça, Wako, Capitão Fantasma, etc."
Vai ser com certeza uma grande noite de música, esperemos que com uma boa adesão por parte dos bejenses que não tenham fugido do calor da cidade para o calor e confusão do Allgarve...
Fica o vídeo de uma malha nova da banda bejense Sordid Sight, apresentada recentemente no Metal GDL 2010.
António Melão, melhor conhecido pelo seu nome artístico Cameraman Metálico, tem uma coluna no semanário alentejano Diário do Alentejo desde 1992.
Depois de, há duas semanas, ter abordado os álbuns It Has Begun, dos Ho-Chi-Minh, e o recentemente lançado Contracultura dos Gazua, dedicou o texto desta semana à banda da margem esquerda (do Guadiana) Ventas de Exterko, muito apreciada pela autora deste blog (ver posts anteriores sobre a banda).
Aqui ficam alguns excertos da apreciação de António Melão deste projecto e do seu EP "Os Porcos Chegaram para Ficar". O jornalista promete ainda para breve uma entrevista à banda. Dela daremos conta aquando da sua publicação.
Recordamos ainda a participação paralela de alguns dos elementos desta banda noutros projectos musicais, com prestações ao vivo agendadas para breve: o baterista Fava integra também os Sordid Sight, que actuarão em Beja já na próxima sexta-feira 13, no âmbito da Anibeja 2010; o guitarrista Português participa também nos Mal Ditos, a quem caberá a responsabilidade de fazer o 'aquecimento' para a prestação dos Simbiose na Galeria do Desassossego, agendada para o dia 17 de Setembro.
Ficam então alguns excertos do artigo "Ventas de Exterko: Punk Rock Endiabrado" e da review de "Os Porcos Chegaram para Ficar" da autoria de António Melão, publicados no Diário do Alentejo do passado dia 6 de Agosto e também disponíveis online no site do jornal, em http://www.diariodoalentejo.pt/ (clicar em "Caderno Dois", e depois "Música", no menú do lado esquerdo).
"O que levará um grupo de jovens do interior alentejano a aderir à sonoridade punk rock? A verdade é que bandas como os Censurados, Peste & Sida, Mata-Ratos ou Tara Perdida influenciaram um sem número de jovens e projectos no Alentejo. Os Ventas de Exterko são a novidade!"
(...)
Os concertos têm corrido bem, a banda tem afirmado o nome e a primeira demo-tape "Os Porcos Chegaram Para Ficar" viu a luz do dia no ano passado. Recentemente a banda juntou-se à editora Mitra Records com quem estão a trabalhar para gravar um novo disco, com data de edição ainda este ano!"
(...)
"Agora como quarteto, a banda começou a ser requisitada um pouco por todo o País. A formação actual é composta por Fava (bateria), Leo (guitarra e voz), Português (guitarra) e Rozas (viola baixo)."
"Parece-me que os Ventas de Exterco são um diamante em bruto, pronto para delapidar. Têm garra, têm unha para os instrumentos, tem fãs e agora só faltam os concertos. Dos temas "Caos Em Portugal", "Ergue A Tua Voz", "Não Desistas", "Pode Ser Que Se F#%&m", "Vítimas Do Sistema" e "Os Porcos Chegaram Para Ficar", destacamos os temas mais rápidos com boas influências de thrash metal e alertamos para que pelo menos um desses temas nunca passará nas rádios ou TV, por razões óbvias."
Aqui fica então o tema que pode não passar na rádio ou na TV mas que terá sempre lugar no A Crack in the Cloud.
Já está disponível a edição de Agosto da revista Outsider. Como sempre com um grafismo original e apelativo, e com uma qualidade que não pára de nos surpreender, a Outsider continua a oferecer-nos todos os meses uma panóplia de conteúdos sobre o panorama musical punk/hardcore/alternativo nacional (e não só), desde críticas a reportagens, entrevistas, notícias variadas e calendário de concertos, contendo igualmente uma página dedicada à arte visual, assim como artigos de cariz crítico-social, e uma coluna de Billy (http://www.billy-news.blogspot.com/), com as notícias e novidades mais recentes do mundo do punk.
A revista Outsider encontra-se à venda nos seguintes locais: Bana Skateshop - Carcavelos; Sample Skateshop - Baixa de Lisboa; Clockwork Store - Baixa de Lisboa; Quiosque - Rua de São Nicolau; Carbono - Amadora; Quiosque Susana (Beja, junto à Rodoviária); Associação de Estudantes da Escola Superior de Educação/Instituto Politécnico de Beja. Pode igualmente ser adquirida através do endereço outsider.email@gmail.com .
Fica o outline deste número da OTS, gentilmente avançado ao A Crack in the Cloud por Diana Rosa, directora da revista.
Entrevista a Hell in Heaven
Por Catarina Ramalheira
"... Mas principalmente lá fora, nos Estados Unidos e na Europa, houve muitas reviews positivas. No entanto, em Portugal apenas nos fizeram duas reviews, também muito positivas, mas parece que o pessoal lá fora nos apoia mais do que cá dentro...!"
Reportagem do Hell Fest
Por Frederico Relha
"... Encontrámos um Metal Market que mais parecia o El Corte Inglês do merchandise; Um balcão de autógrafos onde passaram bandas como Sepultura, Slayer e Twisted Sister, e vários bares por todo o lado. Por todo o lado pessoas das mais diferentes culturas musicais e urbanas, punks e crusters, rockers de bigode e harley davidson, metaleiros, pessoal com dildos na cabeça, uns cheios de sangue..."
Reportagem de Rise Against
Por Frederico Relha
"Appeal do Reason ainda é motivo desta tournée, ainda que este lançamento já comece a acumular pó, o alinhamento, principalmente a primeira parte deste, foi baseado neste disco. Temas como From Heads Unworthy e o single, que levou a actuação a um degrau acima, Saviour, estão mais que enraizados no seio dos fãns da banda"
Crítica a In Desolation, Off With Their Heads
Por Bruno Mota
" O ambiente festivo do album é recebido para muitos, essencialmente para os fãns, como um presente oferecido pelos próprios Off With Their Heads, e com boas letras, boas vocalizações, optima dicção e uma composição musical simples..."
Crítica a Larga a Tarte de Limão, 17Icos
Por Bruno Mota
"...Assistimos a um punk-rock pouco inovador e original, mas, de qualquer forma, facilmente se associa a um bom esforço e óptimo trabalho. Bons solos de guitarra e um trabalho muito escessivo por parte do baixista, que tanto poderá agradar como desagradar..."
Uma Visita A... Inquisitor
Por Diana Rosa
"... Hoje era apenas uma hora de ensaio que tinha de ser bem aproveitada, não fossem ainda hoje para uma República em Coimbra para mais uma noite de Speed Trash Metal. Quanto a tocar menos sóbrios, todos preferem desbundar depois do trabalhinho feito, se bem que, amanha irão tocar num espaço "do tamanho desta sala" e "como amanha é pr'a facada está-se tudo a cagar!"
Artigo, O Vinil
Por Hugo Rebelo
" Por esta altura [ anos 70] o vinil era algo que parecia que já pertencia aos olhos dos mortais há séculos, bandas como The Beatles, Beach Boys ou o Elvis, fizeram deste objecto algo tão comum como um mero relógio de pulso. Dos anos 80 aos anos 90 o comércio dos Lp's foi altamente massificado, até ao surgimento do Compact Disc."
Porque a Vida não é só Futebol
Por Hugo Rebelo
Shoot 'Em Up
" Portanto, chega de ler e vai jogar , tiro neles até te doerem os punhos e, quando te deitares, depois de fechares os olhos, ainda vais ver o jogo a passar. Só assim serás um mago nos shooters, esquece a vida e os amigos, vais ver que matar matar matar é que é divertido...!"
O Canto do Anymal
Por Rafael Rodrigues
Progresso Tecnológico Vs Retrocesso Humano
"... O homem é demasiado sadomasoquista para chegar ao ponto de utilizar as suas mais recentes descobertas cientificas em desprovimento humanitário, já que cada passo tecnológico que damos significa a absolvição empresarial da mão-de-obra..."
Dreno Sociohumano
por Bidgi
Um Messias Americano!!!
"Pois é, no meio disto tudo, o que é feito do messias, o homem que ia devolver aos Estados Unidos e ao mundo o sentido de justiça, de moral perdida, os valores de decencia de luta pelos direitos civis e pelos direitos humanos? Está a diluir-se no sistema que o adoptou e que fez dele presidente da maior potência mundial da actualidade"
Billy News
Por Billy
(Resumo das Billy News do mês www.billy-news.blogspot.com/ )
E ainda nesta edição:
Quatro e Meio + The Hives + Punk Sinatra + Dalmation + Brent + Gatos Pingados + Massey Ferguson + The Skrotes + Carlos Crust + Desobediência Geral + Offspring + Pearl Jam + Nofx + The Chariot + Napalm Death + Let Me Run + You Blew It! + Heavenwood + Suicide Silence + Rancid
Na sequência do último post, e alertada pelo autor do mais actual e completo blog musical português (Billy-News) para os vídeos da actuação de CJ Ramone no Festival Alentejo já disponibilizados no YouTube, deixo aqui igualmente alguns registos do que terá sido decerto um concerto emocionante, pelo menos para os muitos fãs de uma das melhores bandas de todos os tempos.
Quanto à primeira edição do Festival Alentejo, que seguimos com atenção (sem ter a possibilidade de lá ir, infelizmente), primou por um cartaz que apostou em alguns nomes de referência do panorama musical pop/rock/new wave dos anos 80, tendo contudo, segundo a organização, ficado aquém das expectativas, dado que terá registado 8 a 9 mil participantes, quando os números esperados rondavam os 20.000 (fonte: DN Sapo, aqui).
De acordo com a mesma notícia, a organização justifica este facto com as datas escolhidas, que poderão não ter sido as mais acertadas, visto que coincidiram com o início do principal período de férias dos portugueses.
Terão havido provavelmente também algumas falhas ao nível da promoção: a título exemplificativo refira-se o facto do festival não dispor de uma página web própria (o link presente num dos cartazes está inactivo) e do cartaz ser, em termos gráficos, francamente mau e completamente desajustado da dimensão do evento (que segundo a notícia do DN teve um custo de cerca de 400.000 euros).
Resta-nos desejar que estas falhas sejam colmatadas na já prometida 2ª edição, prevista para 2011, e que o cartaz prime não só pela presença de grandes nomes do panorama musical internacional mas também de bandas nacionais, vergonhosamente excluídas desta primeira edição.
Ficam então alguns vídeos da actuação de CJ Ramone em Évora no passado dia 30, com um agradecimento aos respectivos autores que os partilharam connosco.