20 maio 2011

Festival Outsider 4: Review (Parte 2)

Fotos e vídeos de João Miguel Silva.


Este post vem na sequência do anterior, e tem por objectivo terminar a apreciação da 4ª edição do Festival Outsider, evento que o A Crack in The Cloud destacou e acompanhou, à semelhança do que acontecera nas edições anteriores.


Era difícil igualar o sucesso absoluto do 1º dia, descrito no post anterior, e houve vários contrangimentos externos impossíveis de controlar por parte de quem tem a inglória missão de organizar este tipo de eventos: por um lado fazia-se sentir um calor excessivo para a época, não convidando propriamente à permanência num espaço fechado e quente.


Para além disso, a organização vira-se obrigada a substituir uma das bandas convidadas - os Atentado - que cancelaram a sua presença alguns dias antes do evento.  Por fim, outra das bandas integradas no cartaz deste 2º dia, os Carlos Crüzt, apesar de presentes, acabaram por não actuar.



 Apesar destes factores imponderáveis este 2º dia do festival decorreu com nota bastante positiva. A sala estava composta e o público presente aderiu com entusiasmo às três actuações da tarde.

Os Desobediência Geral deram o pontapé de saída, e a sua performance pautou-se pelo dinamismo, empenho e consistência colectiva. Houve uma muito boa interacção com o público, com a participação entusiástica de alguns fãs da primeira fila na vocalização dos refrões. O seu vocalista aproveitou o tempo de antena para ler um breve texto de protesto e de denúncia da inusitada violência policial testemunhada numa manifestação pacífica anti-capitalista realizada recentemente.


Seguiram-se-lhes os Punk Sinatra, com uma actuação verdadeiramente contagiante, ou não se chamasse o seu vocalista João Pedro Almendra, indiscutivelmente um dos melhores e mais irreverentes frontmans do panorama musical nacional. A performance dos Punk Sinatra incluiu muitos temas fortes extraídos do seu álbum de estreia, em preparação, caracterizados por uma sonoridade forte e muito própria.



À selhança do que acontecera no primeiro dia do evento, esta tarde de música terminou da melhor forma com mais uma prestação impressionante de uma banda oriunda do norte do país: com o seu crust potente e uma postura de grande coesão e energia,  os Freedoom agarraram a  plateia desde o primeiro minuto e foram responsáveis por alguns dos melhores momentos deste 2º dia do festival.



Terminadas as actuações das bandas, e como já é apanágio deste festival, foi difícil fazer arredar do local os seus participantes, que em animado convívio e com o pano de fundo das sonoridades punk oferecidas pelo inconfundível DJ Billy estavam preparados para mais umas horas de festa, infelizmente impossibilitada pelos constrangimentos horários da Casa de Lafões.


 
Como é inevitável em qualquer tipo de iniciativa, especialmente com este cariz alternativo e DIY, há aspectos que não correram como planeado, tal como o facto de bandas agendadas cancelarem a sua actuação, ou que podem ser melhorados, como a qualidade do som. O espaço possui também algumas limitações, mas é bem conhecida a escassez de espaços acessíveis e com boas condições na capital. Contudo, estes pormenores são de facto muito pouco significativos no balanço final - bastante positivo - do evento.




 

Esta edição contribuiu indubitavelmente para a afirmação progressiva deste festival no panorama dos eventos alternativos nacionais. À semelhança das edições anteriores, destacam-se como aspectos positivos e diferenciadores as excelentes performances das bandas convidadas, o ambiente familiar, descontraído e muito animado, e o seu cariz DIY, patente em toda a organização e formato do festival.
A par da parte musical houve bancas da revista Outsider, de merchandising das bandas participantes, e ainda de venda de artigos ligados à música, como cintos, pulseiras, patches e pins. À semelhança das anteriores edições, o som ambiente esteve a cargo do DJ Billy, que também integra a equipa da revista Outsider.



Em suma, o A Crack in The Cloud endereça os parabéns à organização do festival, pelo sucesso de mais esta edição, e espera poder divulgar aqui, a breve trecho, a notícia da  5ª edição, que se aguarda que aconteça ainda em 2011. 

1 comentário:

  1. *****************


    Que mais dizer depois desta excelente review?

    O ambiente esteve bem animado e todos os que estiveram presentes (organizadores, bandas e público) estão mesmo de parabéns por eventos alternativos como este existirem e se repetirem!

    Venha a 5ª edição...!


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