(Foto: blog Dust and Grooves)
Tem sido notícia nos media um pouco por todo o mundo: o vinyl 7" original de "God Save the Queen" dos Pistols, editado em 1977 pela A & M Records, está no topo do top dos vinis mais caros de sempre, publicado pela revista Record Collector na sua última edição, e estimado em cerca de 8 000 libras.
A razão do seu valor reside, claro está, na sua raridade: a editora (A&M) deixou a banda antes do lançamento do disco (que viria depois a ser editado pela Virgin) e quase todas as cópias existentes foram destruídas, restando hoje um número muito reduzido.
Apesar de ter sido censurado (leia-se banido) pelas principais estações de rádio britânicas, "God Save the Queen" atingiu o nº 1 no top (não oficial) da revista NME, e nº 2 no top oficial de vendas do Reino Unido, acreditando-se, contudo, que tenha na realidade atingido o topo em termos de vendas.
O single foi lançado por altura do Jubileu da Rainha Isabel II, e interpretado, no dia dessa comemoração, num barco com o mesmo nome, no rio Tamisa perto do Palácio de Westminster. Contudo, a banda sempre negou ter escrito o tema especificamente para essa data, mas como uma demonstração de simpatia pela classe trabalhadora britânica, e uma condenação (dos privilégios) da monarquia.
Volvidas mais de três décadas, uma campanha no facebook tentou - sem sucesso - colocar o single no top britânico de vendas, como mais uma forma de protesto contra a monarquia britânica. Teria sido interessante e entusiasmante ver a música dos Pistols mais uma vez no topo dos tops. Não deixa, de qualquer forma, de ser significativo da sua contínua actualidade, relevância e bom acolhimento.
Fica um vídeo/curto documentário sobre o tema e a controvérsia que gerou...e continua decerto a gerar.
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